O asteróide que bateu na Terra há 65 milhões de anos e dizimou os dinossauros também matou as plantas ao tapar o Sol com a poeira que lançou no ar. Mas quando o pó assentou, as sementes que germinavam no solo puderam crescer. No mar, algo semelhante pode ter acontecido a parte do fitoplâncton, a base dos ecossistemas marinhos, e que fornece metade do oxigénio à Terra. O princípio ficou demonstrado por uma equipa da Universidade da Copenhaga que germinou indivíduos adormecidos há 100 anos. O estudo foi publicado esta semana na Nature Communications.
“A germinação dá-se numa questão de dias, mesmo ao fim de um século de dormência [o fitoplâncton] acorda e sai da portinha”, disse por telefone ao PÚBLICO Sofia Ribeiro, investigadora portuguesa que está a tirar o doutoramento na Dinamarca, e é a primeira autora do artigo.
A equipa estudou uma espécie de dinoflagelados. Um dos vários grupos de espécies que compõem o fitoplâncton. Apesar de ser microscópico, este grande grupo que existe nos oceanos é responsável pela base da alimentação marinha e ao utilizarem o Sol para se alimentar através da fotossíntese, como as plantas terrestres, produzem oxigénio.
O cometa que atingiu a Terra no final do Cretácico e que foi responsável por uma extinção de massa, também teve impacto nos oceanos. Através do histórico fóssil, sabe-se que o fitoplâncton foi afectado pela mesma falta de Sol que matou as plantas terrestres. Mas não de igual modo entre espécies costeiras como o caso dos dinoflagelados, e espécies que vivem no meio do oceano.
“O fitoplâncton não costeiro foi quase completamente dizimado, o que sugerimos é que este fitoplâncton não produziu estados de dormência e por isso não sobreviveu à escuridão”, disse a cientista.
Os estádios de dormência são o equivalente às sementes das plantas terrestres, mas formam-se em situações especiais. No caso do Pentapharsodium dalei, as células ficam dentro de uma espécie de casca, protegidas, com uma porta por onde a célula sai quando existem as condições certas. “Sabemos que o metabolismo está muito reduzido, cerca de cinco por cento.”
A equipa foi buscar estes quistos a sedimentos de um fiorde na Suécia. Retiraram quistos que tinham ficado retidos no fiorde até há 150 anos e colocaram em culturas com nutrientes, luz e a uma temperatura de 15 graus celsius. Os quistos mais velhos que germinaram pertenciam à camada com uma idade entre os 75 e 99 anos.
Estas células, depois de saírem da casca, continuaram a dividir-se. “Estudámos a que velocidade é que uma célula se divide em duas, as de há um século dividem-se à mesma velocidade das mais recentes.”
De acordo com o artigo, o tempo de escuridão total que se seguiu ao impacto do asteróide foi de nove meses. Mas durante uma década, a luz que chegava à superfície terrestre seria metade da normal.
Neste sentido, “um banco de sementes no mar é tão ou mais importante do que o banco de sementes em terra”, disse Ribeiro. “Os produtores no oceano podem facilmente desaparecer e faz sentido que haja um banco de sementes microscópico.”
A equipa estudou uma espécie de dinoflagelados. Um dos vários grupos de espécies que compõem o fitoplâncton. Apesar de ser microscópico, este grande grupo que existe nos oceanos é responsável pela base da alimentação marinha e ao utilizarem o Sol para se alimentar através da fotossíntese, como as plantas terrestres, produzem oxigénio.
O cometa que atingiu a Terra no final do Cretácico e que foi responsável por uma extinção de massa, também teve impacto nos oceanos. Através do histórico fóssil, sabe-se que o fitoplâncton foi afectado pela mesma falta de Sol que matou as plantas terrestres. Mas não de igual modo entre espécies costeiras como o caso dos dinoflagelados, e espécies que vivem no meio do oceano.
“O fitoplâncton não costeiro foi quase completamente dizimado, o que sugerimos é que este fitoplâncton não produziu estados de dormência e por isso não sobreviveu à escuridão”, disse a cientista.
Os estádios de dormência são o equivalente às sementes das plantas terrestres, mas formam-se em situações especiais. No caso do Pentapharsodium dalei, as células ficam dentro de uma espécie de casca, protegidas, com uma porta por onde a célula sai quando existem as condições certas. “Sabemos que o metabolismo está muito reduzido, cerca de cinco por cento.”
A equipa foi buscar estes quistos a sedimentos de um fiorde na Suécia. Retiraram quistos que tinham ficado retidos no fiorde até há 150 anos e colocaram em culturas com nutrientes, luz e a uma temperatura de 15 graus celsius. Os quistos mais velhos que germinaram pertenciam à camada com uma idade entre os 75 e 99 anos.
Estas células, depois de saírem da casca, continuaram a dividir-se. “Estudámos a que velocidade é que uma célula se divide em duas, as de há um século dividem-se à mesma velocidade das mais recentes.”
De acordo com o artigo, o tempo de escuridão total que se seguiu ao impacto do asteróide foi de nove meses. Mas durante uma década, a luz que chegava à superfície terrestre seria metade da normal.
Neste sentido, “um banco de sementes no mar é tão ou mais importante do que o banco de sementes em terra”, disse Ribeiro. “Os produtores no oceano podem facilmente desaparecer e faz sentido que haja um banco de sementes microscópico.”
Esta espécie de fitoplâncton acorda passado um século
fonte: jornal publico
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